05/02/2008

- Anedota

O Pato Do Alentejano :

Um advogado todo engravatado, de Cascais, vai caçar patos para o Alentejo.
Dá um tiro, acerta num pato, mas o bicho cai dentro da propriedade de um lavrador.
Enquanto o advogado saltava a vedação, o lavrador chega no tractor e pergunta-lhe o que estava ele a fazer.
O advogado respondeu :
Acabei de matar um pato, mas ele caiu na sua terra, e agora vou buscá-lo.
O velhote responde :
Esta propriedade é privada, por isso não pode entrar.
O advogado, indignado :
Eu sou um dos melhores advogados de Portugal ! Senão me deixa ir buscar o pato eu processo-o e fico-lhe com tudo o que tem !
O lavrador sorriu e disse :
O senhor não sabe como é que funcionam as coisas no Alentejo ! Nós aqui temos o Código Napoleónico ! Nós resolvemos estas pequenas zangas com a Regra Alentejana dos Três Pontapés.
Primeiro eu dou-lhe três pontapés ; depois você dá-me dois pontapés; e assim consecutivamente até um de nós desistir !
O advogado já se estava a sentir violento há um bocado, olhou para o velho e pensou que era fácil dar-lhe uma carga de porrada. Por isso, aceitou resolver as coisas segundo o costume local.
O velho, muito lentamente, saiu do tractor e caminhou até perto do advogado.
O primeiro pontapé, dado com uma galocha bem pesada, acertou directamente nas bolas do advogado, que caiu de joelhos e vomitou.
O segundo pontapé quase arrancou o nariz do advogado.
Quando o advogado caiu de cara, com as dores, o lavrador apontou o terceiro pontapé aos rins, o que fez com que o outro quase desistisse.Contudo, o coração negro e vingativo do advogado falou mais forte. Ele não desistiu, levantou-se, todo ensanguentado, e disse :
Bora, velhote ! Agora é a minha vez ! O lavrador sorriu e disse :
Nah ! Eu desisto ! Leve lá o pato ! Eu nem gosto de pato !